domingo, 21 de setembro de 2008

Tirar as meças

O D&B que já está pelos cabelos por os partidos do "centrão" escolherem candidatos que a população não mama nem com sal e pimenta, vai realizar uma sondagem para acabar com as dúvidas e indecisões que parece que estão para ficar no roseiral e no laranjal. O D&B vai enviar uma carta a cada um dos partidos com a escolha dos votantes e também a cada um dos escolhidos a dizer-lhes o resultado desta sondagem.Há muita gente com " garganta funda" que tem a mania que engole tudo mas talvez depois disto se "engasgue". É tempo de tirar as meças.

4 comentários:

Anónimo disse...

Na minha opinião, o Apolinário até é um bom presidente de câmara, tem é a infelicidade de estar rodeado por uma pessima equipa de vereadores e assessores e deitam por terra qualquer tentativa de fazer mais e melhor pela nossa cidade e concelho.

Contudo e para o bem de Faro e dos farenses, este problema poderá ser facilmente corrigido no próximo mandato.

Anónimo disse...

Faro é uma cidade inigualavél.

Ser bom também significa sabermos rodearmo-nos de bons e quando não concordamos, sabermos dizer que NÃO. Há falta de liderança não só em Faro, mas em todo o Algarve. Não se dão oportunidades aos jovens e a outros, pois está demasiada gente instalada nos aparelhos dos partidos, que precisam dos cargos para subsistir na vida. Uma mão lava a outra, diz o ditado, e nós temos deixado que isto aconteça...

Infelizmente, também os partidos políticos dificultam a emancipação e afirmação de outros projectos, e enquanto assim for teremos que ir coexistindo com este estado das coisas. Pode ser que apareça o D. Sebastião e salve a pátria, ou pode ser que não.

É uma vergonha que se assista a uma total inércia nesta cidade, capital do Algarve e da principal região de turismo do país. Essa inércia tem ditado o desaparecimento da cidade do centro dos investimentos e das estratégias a nível regional. Outras cidades têm ganho com isso.
Mas a verdade é que toda a região perde. Saibamos todos contribuir para o aparecimento de políticos dignos da nossa cidade, através de uma voz mais activa e interventora. Para isso é preciso perder os medos e ter disponibilidade e interesse em dar a cara pelas nossas causas. Haja coragem, pois há valores escondidos.

Anónimo disse...

Não será possível apresentar um candidato oriundo de um país nórdico talvez Filândia) em regime de outsourcing?
Certamente que ficará mais em conta, e apresentará melhores resultados.
Era uma pedrada no charco que são as agências de emprego, também designadas em Portugal por "partidos políticos."
É que são sempre os mesmos.E quando há alguma mudança, é mais à base de "monarquia" partidária. Os filhos sucedem aos pais.
Como dizia o escritor:
"..e não se podem abatê-los!!!"

Anónimo disse...

A resposta política é não!


A Comissão Política de Secção do PSD/Faro veio publicamente afirmar que os actuais dirigentes mandam no partido a nível local e não admitem interferências do presidente da Distrital Mendes Bota. É o corte nas relações políticas e num possível entendimento para a candidatura, do deputado e líder regional, à presidência da Câmara de Faro.

Quando um partido, um clube ou um organismo torna pública uma posição é para vincar que ela tem a aprovação de quem a subscreve e oficializar o acto.

Quando os dirigentes partidários do PSD/Faro exigem de Mendes Bota uma clarificação do processo eleitoral para o Núcleo das Mulheres Social Democratas, afirmando, inclusive, que estão atentos ao assalto pretendido por alguns à estrutura política local, visando as próximas eleições autárquicas, mostram os sintomas de quem não tem confiança na estrutura que governa e de quem se sente perseguido ao mais pequeno sopro, deixando transparecer a ideia de que estão agarrados ao poder e querem usá-lo a seu belo prazer.

Os social-democratas farenses vivem um momento de grande indefinição. Há um conjunto largo de militantes que contestam os actuais dirigentes.

A recente tomada de posição a nível da Secção, anulando o acto eleitoral para a Comissão Política de Secção para fins de 2009 ou princípios de 2010, apenas tem como finalidade dar a oportunidade aos actuais dirigentes de enfrentarem mais um acto eleitoral para a autarquia de Faro.

Percebe-se que há um movimento a longo prazo, e não para o imediato. Politicamente, quem está, deve atravessar os actos eleitorais, sofrer as derrotas ou vitórias. O ajuste de contas vem depois, com o deve e haver.

Com um mandato prolongado, não se compreende o posicionamento dos actuais dirigentes da Comissão Política de Secção, confrontando Mendes Bota com uma divergência sem resultados políticos palpáveis, porque o Núcleo das Mulheres não tem força administrativa, mas, apenas e só, de acção e militância.

Como militantes, participam nas assembleias e podem votar. Houve uma reacção de medo, de quem está acomodado, deseja continuar e manobrar interesses alcançados. Não se assistiu à mesma reacção, por exemplo, quando Marques Mendes impôs o candidato José Vitorino, marginalizando a Secção.

Está em jogo, no PSD de Faro, quem poderá ser o candidato a presidente da Câmara. Mendes Bota admitiu publicamente que da sua parte há disponibilidade, desde que o partido assim o deseje.

Os dirigentes social-democratas farenses estarão dispostos a deixar avançar quem lidera e se tem vindo a impor no partido e em muitos sectores da opinião pública? A resposta política é não!

Se os dirigentes locais desejassem a candidatura de Mendes Bota, já o tinham chamado e dado sinais da sua disponibilidade em apoiá-lo. Pelo contrário, vieram a público dizer que não querem ser alvo de um assalto, nem de tentativas menos claras na nomeação dos candidatos às autárquicas.

A Comissão Política da Secção de Faro do PSD mostrou que controla os militantes, manobra as votações a seu favor. Tem força política local. Não admite que lhe façam críticas quanto à oposição política à Câmara socialista.

A reacção dos dirigentes farenses social-democratas é típica de quem não pretende ser vencedor – em vez de unir para ganhar força, divide os militantes para governar.

Pode-se questionar – está o PSD de Faro interessado em reconquistar a Câmara de Faro?

Se estivesse já tinha anunciado o seu candidato e estava a trabalhar no terreno, sabendo, como sabe, que José Vitorino leva muitos votos atrás de si.

Se estivesse, já tinha separado o trigo do joio e afastado os militantes demasiado comprometidos com o «independente» e com a política do «centrão».

27 de Setembro de 2008 | 15:47
helder nunes - jornal barlavento